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Rota 2030 vai economizar R$ 36 bilhões em combustível não queimado

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No que depender do principal programa da cadeia automotiva, o Brasil será pioneiro em eficiência energética e vai obter ganhos ambientais e econômicos robustos. Foi o que revelou o painel “Nova fase do Rota 2030” do evento digital #ABPlan – Planejamento Automotivo, promovido pela Automotive Business, que detalhou o que esperar da nova fase do projeto setorial, que pode resultar em uma economia de R$ 36 milhões em combustível não usado e menos 35 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

O Thomas Paris Caldellas, coordenador de Regimes Automotivos do Ministério da Economia, particiou de um debate onde reconheceu que a segunda fase do Rota 2030, que começa no ano que vem, traz desafios e precisa de ajustes. Porém, pode colocar o setor automotivo brasileiro no bonde da história – e na “janelinha”.

Metas para toda a cadeia

Isso porque a próxima etapa do Rota 2030 pode trazer metas de eficiência energética inovadoras no mundo. O grupo de trabalho do Ministério das Minas e Energia quer definir objetivos de caráter ambiental nesta segunda fase. Seria a eficiência medida em MJ/km (megajoules por quilômetro), como já ocorre hoje nas aferições do Inmetro, multiplicada pela intensidade de carbono de cada combustível.

Desta forma, a meta de eficiência energética ambiental traria uma medida em relação a consumo e uma meta adicional para as empresas, em gramas de CO2 por quilômetro. Só que com base em todo o ciclo do combustível e seus impactos.

“Ao contrário da Europa, que só mensura o que sai do escapamento, entraria na meta a própria produção dos combustíveis. Neste caso, teríamos um valor mais realista, considerando fontes como a energia elétrica e também o etanol”, defendeu Caldellas.

Números que impressionam

Com dados deste monitoramento do setor, todas as montadoras conseguirão atingir as metas nesta fase e se valer dos benefícios previstos na legislação, cuja expectativa é da ordem de R$ 1,6 bilhão para os próximos quatro anos.

Porém, com a adoção de soluções mais eficientes para carros e motores, o benefício veio em cadeia. Segundo o Ministério da Economia, houve um volume de cerca de R$ 3,5 bilhões em investimentos em P&D por ano desde o início do Rota. E com o Inovar-Auto, 15% de ganho em eficiência energética, com meta de mais 11% para a nova fase do Rota 2030.

Olho nos pesados

Mas a próxima temporada do Rota 2030 também promete ajustes e foco no fomento à pesquisa e desenvolvimento. Além disso, o programa vai tratar da questão do regime de autopeças não produzidas no Brasil e de programas prioritários. 

“Conseguimos reduzir o imposto de importação dessas autopeças para zero. Em contrapartida, as empresas aportam recursos em programas de pesquisa e desenvolvimento”, explica o representante do Ministério da Economia. 

Thomas Caldellas ressaltou que há na pauta do Rota, ainda, projetos de reciclagem veicular ligados à renovação de veículos pesados, “corredores verdes” – para trazer novas tecnologias para corredores logísticos -, promoção de exportações e redução do Custo Brasil, além de questões ligadas à eletromobilidade.

“Há um outro desafio, mais difícil, que é sair da zona de conforto e trabalhar eficiência energética de veículos pesados. Isso estava previsto na primeira fase, foi criado um grupo de trabalho que chegou a ser extinto. Mas o assunto foi retomado, porém a pandemia não permitiu avançar”, conta.

Fonte: Automotive Business

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