Projeto Rota 2030 objetiva fomentar setor no Brasil em parceria com universidades

A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva lança neste mês de agosto um programa de boletins informativos sobre o Programa Rota 2030 e os Programas e Projetos Prioritários para fomentar o setor automotivo no Brasil. O projeto Rota 2030, lançado em 2018, tem o intuito de definir as bases e incentivos para a indústria da mobilidade no País nas questões de fabricação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
“O primeiro ponto é socializar a informação”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição o professor Marcelo Massarani, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP e diretor da Academia da entidade. Segundo ele, um dos pilares do Rota 2030 é a distribuição de verbas para pesquisas em parceria com as universidades na área da mobilidade, fato pouco conhecido no meio acadêmico. Esse montante destinado à pesquisa é arrecadado através de incentivos e isenções fiscais para indústrias automotivas e disponibilizado para pesquisadores através de editais.
De acordo com Massarani, o objetivo inicial da newsletter é remediar essa desinformação dos profissionais da área ligados às universidades em relação à disponibilidade de bolsas de pesquisas nas diversas áreas do setor automotivo e outras informações pertinentes. Para o professor, essa iniciativa irá permitir a criação de uma cultura de pesquisa, facilitando a formação de núcleos de desenvolvimento tecnológicos que possam atender e melhorar certas demandas do mercado. Ele afirma que esse acúmulo de conhecimento seria benéfico para a competitividade do País nesse mercado.
As áreas impactadas por essa expansão e que podem aproveitar-se desses recursos para pesquisas são as mais diversas, desde a área de peças até o setor de biocombustíveis. Para Massarani, a participação desse tipo de projeto é necessária, pois, além de aumentar o desenvolvimento tecnológico no País, permite que se entenda qual nicho no mercado ele pode atender e inovar dentro das vantagens tecnológicas que o Brasil possui.
Fonte: Jornal da USP