
O desafio do setor automotivo brasileiro para alcançar a descarbonização pode significar uma janela de oportunidade e potencial de investimentos similares aos da década de 1960, quando o setor automotivo cresceu ininterruptamente no país. A avaliação é do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos de Moraes, que falou sobre o tema durante evento online nessa terça-feira (10) para apresentação de dados de estudo desenvolvido pela consultoria BCG a pedido da associação.
Segundo Moraes, o processo – que deve cada vez mais abandonar o motor movido à queima de derivados de petróleo em direção à eletrificação e os combustíveis renováveis – demandará um novo ciclo relevante de investimentos, de olho em atender não só o mercado interno, mas as oportunidades de exportação.
Mesmo num cenário mais conservador, estima-se que o país poderá ter mais de 1,3 milhão de veículos com algum grau de eletrificação no ano de 2035, mas há chances de essa frota ser ainda maior. “Num cenário de convergência global [previsto no estudo] esse número pode chegar a 2,5 milhões de veículos leves e quase 2,6 milhões de pesados com novas tecnologias”, destaca o representante da Anfavea. “Hoje essas novas tecnologias são importadas. Eu não consigo imaginar que esse volume seja atendido através de importação”, afirma, ao pontuar a necessidade de investimentos robustos em segmentos como Pesquisa e Desenvolvimento e adaptação de fábricas.
A avaliação de Moraes é de que o as movimentações pela descarbonização, com programas de incentivo, devem ser acompanhadas de investimentos para o fornecimento de semicondutores e baterias, por exemplo, de modo a reduzir a dependência da indústria nacional. “Vamos passar por uma fase de grande estímulo à inovação, à pesquisa e ao desenvolvimento em toda a cadeia. Podemos ter um novo boom de investimentos no setor e uma transformação tecnológica no Brasil [como ] o que aconteceu na década de 60. Nós podemos ter uma nova fase que vai ter grandes benefícios para o país”, acredita.
Fonte: Gazeta do Povo
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